A Crise da Escassez de Água no Planeta: Implicações e Ações

Embora alguns já tenham compreendido a relação da questão da falta de água no mundo com outros temas igualmente vitais como a produção de alimentos, a geração de energia e as mudanças climáticas (com seus desastres naturais), ainda há uma grande parcela da população alienada do assunto, e muitos destes frequentam igrejas cristãs, evangélicas e católicas.

Discussão global sobre os riscos provenientes da escassez de água no planeta acontece há alguns anos e continua. No Fórum Econômico Mundial, por exemplo, mais um livro está sendo lançado em maio (dia 20) na cidade de Washington, capital dos Estados Unidos. O evento de lançamento incluirá debate com a participação de representantes de grandes empresas como a Coca-Cola e a Nestlé, e poderá ter participação via internet.

O título do livro, em inglês: Water Security: The Water-Food-Energy-Climate Nexus.

Segundo o Fórum, “globalmente, a demanda por água deverá superar a oferta em mais de 40% até 2030.

Implicações: alimentos, energia e o clima

Os motivos: o crescimento populacional, da economia e das taxas de consumo, a um ritmo alarmante, enquanto a água e os recursos energéticos já estão quase esgotados.

Apesar do número de empresas que já estão tomando medidas nesta questão de alimentos, água e energia, alguns ainda estão a refletir sobre como essas questões estão interligadas. No livro, especialistas contribuem para delinear os desafios e como estes impactam não apenas as empresas, mas também a sociedade e o planeta como um todo”.

Leia, no anexo abaixo, as páginas introdutórias da publicação sobre os desafios relacionados à questão do aumento da demanda de água no mundo.

Mais informações sobre a crise da água no planeta.

Data de criação
Sábado, 26 Agosto 2006 09:37

Relatório alerta para a crise de escassez de água no planeta e o desperdício

“Imagine um canal de água com um metro de profundidade, um quilômetro de largura e sete milhões de quilômetros de comprimento – longo o suficiente para dar 180 voltas em torno do globo terrestre. Esta é a quantidade necessária de água para produzir, a cada ano, 3 mil calorias de alimento por dia para cada um dos 6.1 bilhões de habitantes do planeta.” A inteligente comparação dos redatores do relatório do International Water Management Institute, divulgado na Semana Mundial da Água (Estocolmo, Suécia - 22/8), ajuda a compreender melhor o problema da crise de água no mundo, que vai dominar as discussões no planeta no século 21. A intenção deste pessoal era, de fato, alarmar consciências. “Acrescente-se 2-3 bilhões de pessoas ao planeta até 2050 comendo cada vez menos cereais e mais e mais carne, e isso vai aumentar em 5 milhões de quilômetros o canal de águal necessário para alimentar a população mundial. De onde virá essa água toda?”, indagam. O alerta de 1.500 especialistas do encontro mundial para a escassez de recursos hídricos no planeta visa a obter dos líderes econômicos mundiais uma radical mudança de rumos, vista como uma possível solução para a crise. Na agricultura, por exemplo, considera-se que a quantidade de água utilizada hoje nas plantações de alimentos pode cair à metade. A maior parte da água potável do mundo é usada para produzir alimentos, mas a maioria das práticas empregadas causa desperdício. Mas falar em métodos de uso inadequado da água faz lembrar também da necessidade de mudança de consciência, tanto em líderes políticos que governam nações, quanto em indivíduos e famílias que administram as torneiras e mangueiras em seus lares. Dizem os especialistas: “é preciso parar de tratar a água como um recurso natural inesgotável e sempre disponível para ser explorado sem preocupações ecológicas e com sua economia e sustentabilidade. A escassez de água já é realidade em muitos países. A água é recurso natural finito e economizar no seu uso é imperativo. Em âmbito distinto, mais ainda para refletir sobre o problema da água e o meio ambiente, vale a informação de órgão da ONU: “Regiões secas constituem 41% da superfície terrestre e são habitadas por mais de dois bilhões de pessoas. Boa parte desse território está ameaçada de desertificação por causa da perda de biodiversidade, causada por mudanças e pela ação do homem. Com o intuito de alertar para esse problema na natureza, a Assembléia-Geral das Nações Unidas declarou 2006 "Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação". O principal objetivo é conscientizar governo e sociedade da ameaça que a desertificação é para toda a humanidade. Se pensarmos que entre 10 e 20% dessas terras ou está degradada ou é improdutiva, e que o território ameaçado corresponde a 1/3 da superfície da Terra, podemos ter uma idéia da dimensão do problema. Mais de um bilhão de pessoas em cerca de 100 países têm sua saúde e modo de vida ameaçados pela formação de novas regiões desérticas. Cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, descrevem um “apocalipse” de consequências para o meio ambiente se a temperatura do planeta subir mais três graus: “O aquecimento global provocaria mais incêndios, secas, inundações e devastação de florestas, e a vida na terra no próximo século não seria das mais fáceis. O responsável: o ser humano”. Evitar esta situação nos próximos anos, ainda que se detenha a emissão de gases prejudiciais à atmosfera, não será simples. A falta de água dôce será um dos efeitos mais intensos. Informações do projeto QUEST, do Conselho de Investigação sobre o Meio Ambiente para realizar previsões das mudanças que estão acontecendo no planeta.

 

 

Data de criação
Sábado, 01 Setembro 2007 08:49

Discurso de Danielle Mitterrand contra a privatização da água lembra declaração de religiosos sobre o tema

A visita da presidente da organização ambientalista France Libertes, Danielle Mitterrand, ao Brasil, no final de agosto, recolocou sob holofotes uma discussão fundamental para a saúde pública e a economia dos países pobres e em desenvolvimento: a manutenção da água como um bem público. A viúva do ex-presidente francês François Mitterrand esteve no Paraná para reunir-se com o comitê executivo do Fórum Social do Mercosul. A luta pela declaração da água como um bem público envolve governos, movimentos sociais e entidades de todo o mundo.

Em 2005, líderes de igrejas católicas e evangélicas brasileiras e suíças assinaram, em Berna, a “Declaração Ecumênica sobre a Água como Direito Humano e Bem Público”. Os religiosos lembram no documento que a Organização das Nações Unidas declararam o período 2005-2015 como Década Internacional da Água para defender sua importância como instrumento para a vida no planeta. A convite do governador Roberto Requião, Danielle falou aos participantes da Escola de Governo, em Curitiba.

“A água é um tema vital pelo qual fazemos estudos e projetos na Fundação France Libertés. Para fazer com esse tema entre na pauta dos governos, precisamos de muita força política e convicção. Porque diante de nós há um rolo compressor, o poder financeiro, que não mede limites para chegar aos seus objetivos”, disse Danielle.

“Quando a população, a sociedade, toma consciência do poder que tem, quando está determinada, fica muito difícil aos governantes ignorar esta força. É preciso ter organização, força e poder de convencimento para travar essa batalha contra os governos neoliberais, que estão tentando impor sua agenda em toda parte nos quatro cantos do mundo”, afirmou.

Declaração ecumênica

As afirmações da ativista francesa, que em outubro completa 83 anos, faz lembrar o texto da “Declaração Ecumênica sobre a Água como Direito Humano e Bem Público” que diz que “a água é uma condição fundamental para a vida". E continua: "Ter acesso à água, ou ser privado dela, decide entre a vida e a morte. Água é um dom de Deus, à disposição de todos, para o uso responsável. A água é um direito humano. O direito a uma alimentação adequada é definido na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, e no Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966”, lembram os religiosos.

A declaração suíço-brasileira diz também: “Exigimos que a água seja reconhecida local e globalmente como um direito humano. Esse direito deve ser respeitado por todos os setores da sociedade, cabendo ao Estado uma responsabilidade especial”. Os líderes católicos e evangélicos demandam ainda que “a água seja considerada e tratada com um bem público. O Estado deve assumir a responsabilidade de garantir a todos o acesso à água potável. Isso implica na obtenção dos meios técnicos e financeiros necessários, assim como na participação das entidades e comunidades locais nas decisões relativas ao uso dos recursos hídricos existentes”, afirma a declaração.

Para os religiosos, o direito humano à água deve ser definido "com força jurídica pela ONU, por meio de uma Convenção Internacional da Água". O documento informa a disposição dos líderes católicos e evangélicos em “interessar nossas igrejas, comunidades e entidades associativas a apoiarem essa declaração, motivar a opinião pública, as forças políticas e a população de nossos países para o engajamento nessa causa, e mover os governos de nossos países a garantir o direito humano à água”. Fonte: Agência Estadual de Notícias do Governo do Paraná.

 

Data de criação
Sexta, 05 Junho 2009 13:26

Os pobres e o impacto das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos. Escassez de água no planeta

Um relatório divulgado recentemente pela organização humanitária cristã britânica Tearfund faz uma análise da necessidade de pessoas pobres enfrentarem o impacto das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos.

O documento usa evidências provenientes de pesquisas conduzidas no âmbito local e nacional em duas regiões bem conhecidas pelos seus problemas de escassez de água: o Niger (na África) e a Região Nordeste do Brasil. Intitulado "Correntes Separadas? Adaptando a gestão dos recursos hídricos à mudança climática", o estudo foi efetuado com o apoio da organização JEMED (no Niger) e da Diaconia (no Brasil), ambas parceiras da Tearfund. As principais partes do relatório foram traduzidas para o português e poderão ser acessadas aqui.

http://tilz.tearfund.org/webdocs/Tilz/Topics/watsan/Separate_streams_P_web.pdf (link sendo atualizado)

Segundo o representante nacional da Tearfund para o Brasil, João Martinez da Cruz, o relatório "tem recebido bastante atenção dos meios de comunicação na Europa, desde o seu lançamento na conferência mundial da ONU sobre mudanças climáticas em Poznan, Polônia, em dezembro de 2008". Vale a leitura.

 

Data de criação
Segunda, 22 Março 2010 04:39

Dia Mundial da Água e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Cinco anos antes do prazo estipulado (2015), há poucos resultados a comemorar na busca dos líderes mundiais para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Para mudar este quadro, documento das Nações Unidas (ONU) faz um balanço do que foi e do que não foi feito até agora, e apresenta questões para debate no encontro que acontece em setembro em Nova York para tentar reverter o quadro. Exemplo dessa proposta, no Dia Mundial da Água, é a necessidade de acelerar a caminhada em direção ao objetivo de desenvolvimento com "sustentabilidade ambiental", que propõe, entre outros, reduzir à metade o número de pessoas sem acesso sustentável à água potável e saneamento básico.

Em declaração oficial, a ONU reconhece os poucos resultados e a necessidade de acelerar o processo. Sobre água e saneamento, o documento "Keeping the promise: a forward-looking review to promote an agreed action agenda to achieve the Millennium Development Goals by 2015" (Mantendo a promessa: um balanço em perspectiva para promover uma agenda comum de ações para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015) afirma: "Considerando a falta de progressos em matéria de água e saneamento, cumprir tais metas vai exigir muita vontade política e significativos recursos financeiros, técnicos e humanos. A experiência sugere que os principais problemas foram a excessiva dependência de uma abordagem orientada ao abastecimento, a negligência das reais necessidades do utilizador e ênfase em projetos de grande escala, muitas vezes devido à negligência do setor público ou renúncia de sua responsabilidade, muitas vezes devido a restrições fiscais.

Uma abordagem mais direcionada a responder às demandas é quase sempre limitada pelo fato das pessoas pobres não terem poder aquisitivo suficiente para pagar pelo saneamento". "Uma gestão integrada de estratégias nacionais abordando os quatro principais usos da água - agricultura, residências, indústria e serviços dos ecossistemas - deve responder vigorosamente à crescente escassez de água, exacerbada pelas mudanças climáticas." Dentre os temas sugeridos para discussão no documento da ONU, está a pergunta: "Quais são as melhores políticas nacionais, na relação custo-eficácia, para aumentar a disponibilidade de água potável em uma base sustentável e melhorar o saneamento?" O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegou a dizer: “Não podemos falhar diante dos bilhões que olham para a comunidade internacional e deixar de cumprir a promessa da Declaração do Milênio para um mundo melhor. Vamos nos reunir em setembro para cumprir a promessa". Para a ONU, esta é a década internacional para ações pela "Água: fonte da Vida". (Lenildo Medeiros)

 

Data de criação
Quinta, 15 Março 2007 06:34

Semana da Água alerta para os perigos sofridos pelo planeta

Realizada pela ONG Cáritas Brasileira, em parceria com diversas entidades e movimentos sociais, a Semana da Água é uma atividade de formação e mobilização e acontece de 15 a 22 de março. O tema deste ano é o aquecimento global, o desmatamento e sua relação com os recursos hídricos. A idéia é que, a partir do tema central, as comunidades discutam suas realidades locais. As atividades regionais têm programação em Brasília, DF, e nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba e Pernambuco. A importância da participação de cristãos nestes eventos é a possibilidade de repercutirem o debate nas igrejas, para levar seus integrantes a praticar ações de proteção ao meio-ambiente. As ações conscientes pelo meio-ambiente tanto podem acontecer no cotidiano da vida das pessoas, através de pequenos gestos, quanto nas mobilizações coletivas de cobrança às autoridades e governantes para que haja mais políticas públicas adequadas às necessidades do planeta. Do total de gases de efeito estufa emitidos pelo Brasil, 75% devem-se a queimadas e desmatamento. Além de aumentar o aquecimento global, o desmatamento destrói as fontes de água doce e ameaça as culturas tradicionais. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, se nada for feito em 20 anos, 70% da população mundial sofrerá com a falta de água. Em Pernambuco a mobilização começou no dia 1º e segue até o dia 25 de março. Durante o período estão sendo realizados encontros municipais para discutir a importância da água para a segurança alimentar e nutricional com enfoque na autonomia da produção e na preservação do meio ambiente. Clique aqui e saiba mais informações sobre os locais e horários dos eventos regionais.

http://www.caritasbrasileira.org/semana/1.htm

Atualizada: Quinta, 06 Dezembro 2018 14:58
SOMA Notice / Nota da Soma

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