Cartilha: “Adoção: legal, segura e para sempre”
- Por Redação
- Publicado em universo CRIANÇA e ADOLESCENTE
Foi lançada pela Frente Parlamentar em Defesa da Adoção da Criança e do Adolescente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro na terça-feira, 25/5, a cartilha “Adoção: legal, segura e para sempre”. A cartilha, que será distribuída aos conselhos tutelares, abrigos, instituições e grupos de apoio ligados à adoção e varas de Infância e Adolescência, aborda temas como a importância da motivação que cada futuro pai deve ter, explicando, por exemplo, que filhos adotivos não suprem lacunas conjugais, não substituem filhos biológicos e não inserem na família filhos perdidos ou que nunca nasceram. Também explica as modalidades de adoção, informa quem pode legalmente adotar, descreve o processo de habilitação de futuros pais e explicita o papel dos grupos de apoio à adoção.
O lançamento da cartilha aconteceu no Dia Nacional de Incentivo à Adoção. O presidente da Frente Parlamentar, deputado Sabino (PSC), lembrou que o Brasil tem 80 mil crianças aguardando para adoção e só o estado do Rio tem cerca de 3 mil crianças em abrigos, dentre as quais apenas 300 estão aptas a serem adotadas. O coordenador do Centro de Apoio às Promotorias da Infância e Juventude, Rodrigo Medina, também apresentou um quadro da adoção no Rio: “o Ministério Público possui dados de todas as crianças abrigadas do estado, coletados desde 2007, além de quatro censos com dados sobre o tema. De maio de 2008 a dezembro de 2009, tivemos uma redução de 25% da população abrigada, ou seja, 948 crianças e adolescentes saíram das unidades de acolhimento e ou voltaram para suas famílias ou foram colocadas em famílias substitutas sob a forma de tutela, guarda ou adoção”.
A presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, Bárbara Toledo, mãe adotiva de duas meninas, defendeu as adoções necessárias e também as campanhas de apadrinhamento, nas quais a criança não é adotada, mas conta com um maior de idade cuidando de sua vida escolar, saúde e dando afeto. “As adoções necessárias são as de crianças com mais idade, com deficiência e portadoras de doença, e grupos de irmãos que são abandonados. Queremos uma família para essas crianças”, enfatizou Bárbara.
Segundo o Censo da População Infanto-Juvenil de dezembro de 2009, 2.784 crianças estão, hoje, em 241 abrigos do estado do Rio.
Pegue aqui a Cartilha “Adoção: legal, segura e para sempre”.
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