Governo dos EUA pode ter representante especializado para defender minorias religiosas no Oriente Médio e Ásia
- Por Lenildo Medeiros
- Publicado em missões transculturais
Uma organização cristã envolvida com o tema da perseguição a cristãos comentou e declarou apoio, em 22/2, à possibilidade dos Estados Unidos criarem um cargo de enviado especial do Departamento de Estado ao Oriente Médio e Sul da Ásia central para defesa dos direitos das minorias religiosas. O deputado Frank Wolf apresentou recentemente projeto de Lei com este objetivo no Congresso norte-americano. A entidade aproveitou a ocasião para reforçar o alerta para que a oração da igreja por cristãos perseguidos, e outras minorias religiosas, se intensifique, especialmente no Egito, Irã, Líbia, Afeganistão, Paquistão e outras áreas de conflitos. Em comunicado divulgado à imprensa, a Portas Abertas norte-americana (Open Doors USA) relacionou alguns fatos a serem considerados pelos líderes missionários em suas orações e estratégias. Primeiro, relembrou que países como Irã, Afeganistão, Arábia Saudita, Maldivas, Iêmen, Iraque, Uzbequistão e Paquistão estão entre os 11 maiores perseguidores dos cristãos, de acordo com a lista de 2011 da organização em que são classificados os países segundo o grau de perseguição religiosa em seu território.
O Oriente Médio inclui países como a Argélia, Bahrein, Egito, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Omã, Qatar, Arábia Saudita, Síria, Tunísia, Emirados Árabes Unidos, Iêmen e também a Cisjordânia e Faixa de Gaza. Os países do Sul da Ásia Central incluem o Afeganistão, Bangladesh, Butão, Índia, Quirguistão, Cazaquistão, Maldivas, Nepal, Paquistão, Sri Lanka, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão. Quase todos esses países estão entre os 50 mais perseguidores da lista de Portas Abertas, excetuando-se Israel, Líbano, Nepal e Cazaquistão. O enviado especial seria nomeado pelo presidente e apresentar um relatório ao Presidente e ao Secretário de Estado.
"A organização Portas Abertas EUA apoia este projecto de lei criando o cargo de enviado especial, porque se refere a países em que algumas das piores perseguições contra os cristãos acontece", diz o diretor jurídico da entidade, Lindsay Vessey. "Esse esforço para chamar mais a atenção do mundo para a falta de liberdade religiosa, e para dar poderes ao enviado especial para tomar medidas para melhorar a situação das minorias perseguidas, é uma iniciativa muito necessária e oportuna do deputado Wolf. Aplaudo a sua liderança, incansável na promoção da liberdade religiosa internacional. Nossa expectativa é que, se esta lei for aprovada, o enviado especial vai dar ainda mais relevância à pauta da liberdade religiosa no estabelecimento da política externa norte-americanca. O resultado final deste projeto tem o potencial de beneficiar significativamente os cristãos que sofrem em todo o mundo".
Fonte: Open Doors USA