Num mundo que paga muita propina, mais pessoas comuns querem combater a corrupção
- Por Redação
- Publicado em coluna fé e política
"As pessoas estão acreditando mais que elas têm poder para dar um basta à corrupção", diz Huguette Labelle, líder da Transparência Internacional. Nove entre dez pessoas no mundo fariam alguma ação contra a corrupção, que a maioria considera que piorou nos últimos dois anos. Recomenda-se a leitura do relatório de pesquisa de opinião pública sobre o tema da corrupção denominada "Global Corruption Barometer 2013", lançado em 9/7 pela Transparência Internacional, que afirma ser a ONG que lidera a luta contra a corrupção no mundo e tem escritório no Brasil.
Você pode começar pelos infográficos de dados obtidos no Brasil.
Ou fazer o download do relatório "Global Corruption Barometer 2013" na íntegra.
Lá você vai saber que:
No Brasil:
27% das pessoas (acima de 1 em cada 4) pagou propina nos últimos 12 meses;
77% dos brasileiros acham que o governo não é efetivo no combate à corrupção;
31% acreditam que há corrupção nas instituições religiosas;
81% dizem que os partidos políticos foram afetados pela corrupção;
72% pensam que o Poder Legislativo tem corrupção;
38% dizem que a mídia é corrupta;
50% acreditam que o Judiciário foi afetado pela corrupção;
55% que serviços médicos e de saúde foram afetados pela corrupção;
70% coloca a polícia, e 46% os servidores públicos, no infame grupo.
A pesquisa foi feita com 114 mil pessoas em 107 países. Veja quantos países consideraram algumas das principais instituições as mais corruptas:
36 países consideram a Polícia a mais corrupta.
20 países colocaram o Judiciário nesta ingrata posição.
Nem o G20 escapou. Nos 17 Países do Grupo pesquisados, 59 por cento disseram que seu governo não está fazendo um bom trabalho para combater a corrupção.
Em 51 países, os partidos políticos são vistos como a mais corrupta instituição.
E 55% no mundo pensam que o governo é movido por interesses especiais, não públicos.
A resposta do governo ao aumento do anseio da sociedade pelo fim da corrupção deveria incluir ações concretas para ter mais transparência e detalhada prestação de contas. E os políticos devem dar o exemplo, publicando suas declarações de bens e de seus familiares mais próximos. Partidos políticos e candidatos devem revelar claramente de onde vem o dinheiro que financiará suas campanhas, revelando os potenciais conflitos de interesses daí decorrentes.