Brasil mais urbano e populoso continua a desafiar os cristãos
- Por Redação
- Publicado em missões urbanas
O estudo “Tendências Demográficas: uma análise da população com base nos resultados dos Censos Demográficos de 1940 e 2000”, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dia 25/5, confirma mais uma vez a tendência das pessoas de escolherem a cidade para sua moradia, acarretando concentração populacional nos grande centros urbanos e a conseqüente tragédia das metrópoles, que tanto desafiam o chamado missionário da igreja cristã.
Diz o estudo que no período, “o Brasil rural tornou-se urbano”. E acrescenta: “Na década de 40, menos de um terço (31,3%) da população morava nas cidades, enquanto no 2000 já eram 81,2%”. Por conta disso, a estrutura econômica, habitacional, de saneamento básico, entre outras áreas da cidade, que vão ficando insuficientes para tanta gente que chega, apresenta um vasto campo de atuação para igrejas realizarem o “ide” de Jesus. O estudo do IBGE explica um pouco mais o fenômeno: “O contingente de população urbana, que correspondia a 12,8 milhões de habitantes, em 1940, atingiu 137,9 milhões, no último Censo.
Em números absolutos, no entanto, a população rural cresceu de 28,2 milhões para 31,8 milhões de habitantes, entre as duas épocas. No Censo de 1940, o Brasil contabilizava 1.574 municípios. Ao longo dos 60 anos posteriores, foram criados 3.933 municípios, totalizando 5.507. Atualmente, existem 5.564. O grande incremento quanto à criação de municípios incidiu naqueles até cinco mil habitantes. Em 1940, 54,4% dos municípios possuíam população até 20 mil habitantes. Em 2000, foram 73% dos municípios do total”. E fala também do crescimento e da distribuição territorial dos brasileiros como um todo: “A população do Brasil aumentou, entre 1940 e 2000, quatro vezes, passando de 41,2 milhões para 169,8 milhões de habitantes.
Na década de 40, os cinco estados mais populosos do Brasil eram São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em 2000, a Bahia trocou de posição com o Rio de Janeiro. Em 1940, o município do Rio de Janeiro destacava-se como o de maior população, seguido dos municípios de São Paulo, Recife, Salvador e Porto Alegre. Em 2000, São Paulo era o mais populoso, concentrando 6,1% do efetivo populacional do país. Em 1940, havia equilíbrio entre o número de homens e mulheres (20,6 milhões); em 2000, o contingente feminino (86 milhões) ultrapassou o masculino (83,6 milhões).
Ao analisar as razões de sexo, segundo as Grandes Regiões, observou-se que a região Nordeste foi a única que registrou predomínio feminino em 1940, provavelmente em razão da emigração masculina.” “Em 60 anos, a densidade demográfica1 saltou de 4,8 hab/km2 para 19,9 hab/km2. O Centro-Oeste (de 0,7 para 7,2 hab/km2) apresentou crescimento duas vezes e meia maior que o nacional, seguido pela região Norte (de 0,4 para 3,4 hab/km2), cujo aumento da densidade foi o dobro do nível nacional.
De acordo com o estudo, em 1940 havia concentração populacional na faixa litorânea e aglomerados populacionais dispersos pelo interior, especialmente nas regiões Sudeste e Sul, mas já era possível perceber novas manchas de povoamento na Região Centro-Oeste. Sessenta anos após, persistiram as diferenças regionais, por exemplo, densidades demográficas de 3,4 hab/km2, no Norte do país, a 78,3 hab/km2, no Sudeste.” “Na região Sudeste, o Rio de Janeiro, com 82 hab/km2 (1940) e 328 hab/km2 (2000), e São Paulo, com 28 hab/km2 (1940) e 149 hab/km2 (2000), apresentam as maiores densidades do país.
O estado de Alagoas, tanto em 1940 quanto em 2000, manteve a terceira posição no ranking nacional com 34 hab/km2 (1940) e 101 hab/km2 (2000). Contudo, foram os estados da região Norte que revelaram o maior crescimento, especialmente Rondônia e Roraima, que em 1940 não atingiam 1 hab/km2 e passaram em 2000, para 5 hab/km2 e aproximadamente 2 hab/km2 , respectivamente.” “Entre 1940/2000, as maiores taxas de crescimento anuais ocorreram nas regiões Centro-Oeste e Norte (4,1% e 3,6%). Na ótica estadual, as maiores taxas de crescimento registradas foram em Rondônia (8,0%) e Roraima (6,0%), áreas favorecidas por incrementos demográficos da expansão da fronteira agrícola a partir da década de 1970. Já as menores foram observadas nos estados da Paraíba (1,5%) e Minas Gerais (1,7%), em geral, associadas a saldos migratórios negativos.”